O que é o Distúrbio de Escoriação (Skin-Picking)?

O distúrbio de escoriação, também são conhecidos pelos nomes de: dermatilomania ou skin-picking, que é o cutucar a própria pele recorrentemente, podendo ser: no rosto, braços, mãos ou qualquer local do corpo, com as unhas, pinças, alfinetes ou outros objetos podendo haver fricção, apertar, morder espremer e lancetar a pele. Pessoas com esse distúrbio gastam significativo tempo nesse comportamento, chegando a horas que podem durar meses ou anos, podendo a pele ser saudável, com pequenas irregularidades, calos, lesões ou crostas. Esse transtorno não é desencadeado por obsessões ou preocupações, mas podem ser precedidos ou acompanhados por vários estados emcionais, ansiedade ou tédio por exemplo. Podem ocorrer pela sensação de tensão ou ou gratificação, prazer ou alívio, gerando dificuldades de ter consciência do comportamento, podendo ocorrer de modo automático por várias horas por dia e podem durar meses ou anos

Abaixo seguem os critérios diagnósticos

1. Escoriação recorrente da pele resultando em lesões cutâneas.

1. Tentativas repetidas de diminuir ou parar de cutucar a pele.

1. A escoriação da pele causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento.

1. A escoriação da pele não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (por exemplo, cocaína) ou outra condição médica (por exemplo, sarna).

1. A escoriação da pele não é melhor explicada por sintomas de outro transtorno mental (por exemplo, delírios ou alucinações táteis em um transtorno psicótico, tentativas de melhorar um defeito percebido ou falha na aparência no transtorno dismórfico corporal, estereotipias no transtorno de movimento estereotipado ou intenção ferir-se em automutilação não suicida).

São necessários especificar: Características diagnósticas. Recursos associados. Prevalência. Fatores de risco e prognóstico.

Todo esse fenômeno do Distúrbio de Escoriação pode levar a uma série de efeitos negativos, que podem incluir: baixa autoestima, dores e feridas na pele, uso de roupas em excesso, isolamento social, dificuldades no ambiente acadêmico ou laboral, insatisfação com a pele, excesso de maquiagem por cicatrizes, dificuldades nos relacionamentos, sentimentos de tristeza, angústia, constrangimento, vergonha, etc.

Desta maneira, por meio de consulta com dermatologista, psiquiatra e com psicólogo, será possível verificar evidências suficientes e poder chegar a melhor forma de propor um tratamento para o Distúrbio de Escoriação, com profissionais qualificados em saúde mental e medicina.

Não tenha medo de pedir ajuda!!!!

Espero ter ajudado, até o próximo texto.

CRIPPA, José Alexandre de Souza (coord.). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM -5 -TR. 5, texto revisado. Porto Alegre: Artmed Editora LTDA, 2023.